TRIBUTO A NELSON JAMES
O médico sanitarista Nelson James, antes de ser candidato a prefeito de Barretos e eleito pela coligação PT-PSDB-PSB, fez um trabalho profundamente carismático, extremamente humano, com muita simplicidade e humildade junto à comunidade barretense. Fazia um trabalho que se diferenciava na forma, conteúdo e método de atendimento à população, como também em suas palestras, artigos em jornais, entrevistas em rádios e TV - onde ele tratava, sobretudo, da saúde dos trabalhadores, trabalhadoras e suas famílias.
Um ser absolutamente humano, “humano demasiadamente humano” (na linguagem de F. Nietzche), cuja prática chamou a atenção da comunidade em geral e de alguns setores em particular, que atuam diretamente na questão política partidária na cidade. Por isso, encaminhou-se um processo de conversas entre os partidos PSDB-PT-PSB e outros setores da sociedade, para que ele fosse candidato a prefeito. Ele aceitou e fomos para as ruas, avenidas e todos os bairros da cidade divulgando essa nossa candidatura. Anteriormente Nelson estava disposto a ser candidato a vereador.
O mandato de Nelson foi um processo político humanista e eticamente comprometido com o processo democrático em tudo, mas sobretudo com respeito ao dinheiro público fruto dos impostos de todos os cidadãos, ou seja, coletivamente elaborado e discutido. Mas espíritos muito pequenos provocaram discussões com algumas conversas. Eram sobretudo membros do PSDB, do PT e do PSB que semearam uma análise totalmente destorcida e negativa da administração Nelson James. Júlio César Cardoso (delegado de carreira), por exemplo, foi presidente do PSDB na época, e que ocupou cargo no governo por 4 anos. Quando Nelson James passou o cargo de prefeito para seu sucessor, o Uebe Rezek, Júlio Cardoso enviou uma matéria para o jornal “O Diário” que saiu na primeira página dizendo o seguinte: “Nelson James ao assumir a prefeitura virou as costas para o partido, foi uma sombra passageira pelo PSDB, que sempre foi um petista enrustido, ofuscando a cidade temporariamente, um monstro que quero que nunca mais volte, e que saia do partido o mais breve possível” (O Diário19/10/97). Artigo deste senhor denominado Júlio, como ex-presidente do partido, apunhalou o prefeito Nelson James pelas costas, depois que ele foi embora da cidade.
Isto nada mais é que uma expressão de profunda covardia, de quem como presidente do mesmo partido que Nelson e que ocupou cargo público de nomeação em seu governo. Deveria haver um mínimo de ética por parte de Júlio, deveria resolver os problemas do partido “no cara a cara”, enquanto Nelson ainda estava na cidade. O que Júlio Cardoso fez é uma coisa muito além de falta de caráter.
Também houve e há membros do PT defendendo, que naquela época o PT saiu mal da administração, porque Nelson só fez o terminal de integração e melhorou o salário dos funcionários públicos. Isto também é uma vergonha. Membros do PSB em cargos, como Franco de Brito e Geverson de Sousa que foi dispensado pelo prefeito por improbidade administrativa, também começaram a divulgar na imprensa escrita e falada que Nelson era um mal prefeito etc, etc.
É por respeito à história deste processo de luta de construção, que pesquisei todo este período da nossa história, de l992 a l997, para tirar dúvidas. Não as dúvidas dos que acompanharam este processo, pois estes sabem realmente os fatos que aconteceram, porque e como, mas tentam enganar a própria comunidade para tirar algum benefício pessoal ou para seu grupo, sobre estas questões.
Esta pesquisa é, sobretudo, para os que não viveram ou não participaram deste processo, em destaque a juventude.
Exemplos, algumas ações importantes do governo Nelson James:
Os convênios firmados, como mostram as fotos das obras realizadas (que não são poucas). Em entrevistas com outros membros do PSDB, como José Rubens, ele me que ele e outras pessoas viajaram muito com o prefeito Nelson James atrás de verbas apara a cidade junto ao governo federal no governo de Fernando Henrique e Mário Covas, no governo estadual, todos do mesmo partido, mas cujas demandas foram pouco atendidas. Atendiam-se muito mais as lideranças de oposição no congresso e nas assembléias do que o prefeito. Os homens do poder do partido é que deram as costas para nossa cidade, reafirma José Rubens (vereador do PSDB na época).
Mas mesmo assim podemos citar trabalhos concretizados como:
A Casa do Menor, a reforma total do CSU (Centro Social Urbano), Casa do Trabalhador Rural, implantação da Secretariado Meio Ambiente, Secretariada Cultura, Lei de incentivo a Cultura, implantação nas praças, nos bairros, Shopping, construção de um dos Lagos e reforma da que o Uebe fez, reforma do calçadão com apoio e dinheiro da ACIB que o Uebe havia feito, terminal de integração, reforma de creches e construção de outras, reforma de patrimônio público, como museu, praças e outros, abertura das avenidas B34 e 18, etc., infra-estrutura (água, esgoto, luz, asfalto) em diversos bairros, infra-estrutura com dinheiro próprio para os casas dos Predinhos, doação do terreno e infra-estrutura do Shopping, exigência da ética na distribuição das casas, por sorteio transparente, convênio para a construção do Fórum no Lago, além, do convênio de 70% no seu mandato para a via que liga os bairros Cristiano Carvalho e Barretos II, como também o complexo esportivo do Barretos II, da avenida Fraternidade Paulista, Avenida Cardoso Alves, a implantação do projeto de alfabetização de jovens e adultos (Proaja), sede própria do Instituto da Previdência, sede de clube dos funcionário municipais, regulamentação do Instituto Barretense de Tecnologia (IBT) etc. Fez a reforma administrativa e tributário, fez o cargo de carreira do funcionalismo etc. Aberturas e recapeamento das vicinais, profundo cuidado com as e estradas rurais, abertura de e escolas municipais, entre outras reformas.
E para ver o quanto o prefeito Nelson prezou pela questão do dinheiro público, quando o deputado Uebe, anunciou tantos milhões para asfaltar 9 bairros, Nelson respondeu que se fosse para fazer bem feito e duradouro. com esse dinheiro só daria para asfaltar 5 bairros. Isso porque não tem sentido fazer asfalto casca de novo, que sempre tem que ser recuperado, gastando dinheiro à toa.
Aliás, baseado nas declarações do jornal e da rádio do deputado Uebe, se todas as verbas e todas as empresas que eles dizem terem trazido fossem verdades e tivessem sido concretizadas para o desenvolvimento de Barretos, com certeza Paris ficaria envergonhada e com inveja e muitos franceses viriam morar aqui.
Nelson assumiu a prefeitura com o orçamento de 29 milhões e a deixou com 50 milhões, mais a municipalização da saúde e da educação.
Nelson não criou nenhum jornal e nenhuma rádio e nem TV para defender ou se propagar, investiu apenas no necessário para a comunicação com a comunidade, como os eternos candidatos fazem. Não desviou um centavo, como Sérgio, prefeito de Guaíra, não ficou rico, como a maioria que em um ano de mandato já tem sua vida bem definida e estruturada para a eternidade, com desvios do dinheiro público. Nelson continua médico sanitarista nas periferias litorâneas.
No livro, todas estas questões serão tratadas e aprofundadas. Sobretudo para que as novas gerações possam ter outro ponto de vista sobre este processo histórico. A história é o que é, e não o que muitos querem que ela seja.
As condutas não estão nas siglas, mas como elas se revelam na história avançando ou não os valores humanos.
